Sob diversas formas e
intensidade, a violência doméstica e familiar contra a mulheres é recorrente no
mundo todo, motivando crimes hediondos e graves violações de direitos humanos. Em
2018, as mulheres catarinenses foram vítimas de um total de 15.844 casos de
ameaça registrados. Os dados são do portal de estatísticas de crime da
Secretaria de Estado da Segurança Pública de Santa Catarina.
No Brasil, estima-se que cinco mulheres são espancadas a
cada 2 minutos; o parceiro é o responsável por mais de 80% dos casos
reportados, segundo a pesquisa Mulheres Brasileiras nos Espaços Público e
Privado (FPA/Sesc, 2010).
Apesar dos dados alarmantes, muitas vezes, essa gravidade
não é devidamente reconhecida, graças a mecanismos históricos e culturais que
geram e mantêm desigualdades entre homens e mulheres e alimentam um pacto de
silêncio e conivência com estes crimes.
Na pesquisa Tolerância social à violência contra as
mulheres (Ipea, 2014), 82% dos entrevistados concordam, total ou parcialmente que
“em briga de marido e mulher não se mete a colher”.
Tecnologia
como aliada no combate à violência contra as mulheres
É aliando a famosa frase de cultura popular e a tecnologia que cinco empreendedoras do Recife (PE) criaram o aplicativo “Mete a colher”.
É aliando a famosa frase de cultura popular e a tecnologia que cinco empreendedoras do Recife (PE) criaram o aplicativo “Mete a colher”.
O Startup que utiliza da
tecnologia como aliada no combate à violência contra as mulheres. Criado em
2016 com a missão de desmistificar o ditado "em briga de marido e mulher
ninguém mete a colher", as desenvolvedoras decidiram criar uma rede de
apoio que ajuda mulheres a sair de relacionamentos abusivos, enfrentando juntas
uma realidade cada vez mais segura e igualitária.
Para garantir a segurança das
usuárias, a ferramenta só permitirá acesso do sexo feminino, com cadastro pelo
Facebook, mensagens criptografadas e senha de acesso ao aplicativo. As
mensagens ainda se apagam depois de um tempo, deixando praticamente impossível
o acesso de terceiros às conversas.
A usuária que entrar no app poderá marcar as categorias em
que quer oferecer ou receber ajuda: apoio psicológico, ajuda jurídica ou
inserção no mercado de trabalho. Com mais de 2000 mulheres ajudadas o
aplicativo é um espaço para que as mulheres possam ajudar e ser ajudadas em
casos de violência, relacionamentos abusivos ou qualquer ato de assédio.
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