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sexta-feira, 14 de junho de 2019

A Violência Doméstica em Santa Catarina

Sob diversas formas e intensidade, a violência doméstica e familiar contra a mulheres é recorrente no mundo todo, motivando crimes hediondos e graves violações de direitos humanos. Em 2018, as mulheres catarinenses foram vítimas de um total de 15.844 casos de ameaça registrados. Os dados são do portal de estatísticas de crime da Secretaria de Estado da Segurança Pública de Santa Catarina.
No Brasil, estima-se que cinco mulheres são espancadas a cada 2 minutos; o parceiro é o responsável por mais de 80% dos casos reportados, segundo a pesquisa Mulheres Brasileiras nos Espaços Público e Privado (FPA/Sesc, 2010).
Apesar dos dados alarmantes, muitas vezes, essa gravidade não é devidamente reconhecida, graças a mecanismos históricos e culturais que geram e mantêm desigualdades entre homens e mulheres e alimentam um pacto de silêncio e conivência com estes crimes.
Na pesquisa Tolerância social à violência contra as mulheres (Ipea, 2014), 82% dos entrevistados concordam, total ou parcialmente que “em briga de marido e mulher não se mete a colher”.

Tecnologia como aliada no combate à violência contra as mulheres

É aliando a famosa frase de cultura popular e a tecnologia que cinco empreendedoras do Recife (PE) criaram o aplicativo “Mete a colher”.
O Startup que utiliza da tecnologia como aliada no combate à violência contra as mulheres. Criado em 2016 com a missão de desmistificar o ditado "em briga de marido e mulher ninguém mete a colher", as desenvolvedoras decidiram criar uma rede de apoio que ajuda mulheres a sair de relacionamentos abusivos, enfrentando juntas uma realidade cada vez mais segura e igualitária.
Para garantir a segurança das usuárias, a ferramenta só permitirá acesso do sexo feminino, com cadastro pelo Facebook, mensagens criptografadas e senha de acesso ao aplicativo. As mensagens ainda se apagam depois de um tempo, deixando praticamente impossível o acesso de terceiros às conversas.
A usuária que entrar no app poderá marcar as categorias em que quer oferecer ou receber ajuda: apoio psicológico, ajuda jurídica ou inserção no mercado de trabalho. Com mais de 2000 mulheres ajudadas o aplicativo é um espaço para que as mulheres possam ajudar e ser ajudadas em casos de violência, relacionamentos abusivos ou qualquer ato de assédio.


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